quinta-feira, 30 de junho de 2011

coisas para fazer antes de morrer - parte I

Desde criança ouvia falar que uma pessoa antes de morrer deveria fazer três coisas: escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Sinceramente, acho difícil quem consegue passar pela vida e fazer tudo isso, sempre vai faltar alguma coisa. No meu caso, posso dizer que a única tarefa que completei com sucesso foi ajudar a plantar algumas árvores, que não sei se sobreviveram por muito tempo depois....

Nos últimos anos viraram moda publicações do tipo "lugares para conhecer antes de morrer", "livros para ler antes de morres", "discos para ouvir antes de morrer", etc.... outro dia, na Livraria Nobel aqui em Araraquara, encontrei um livro curioso com o título "1.001 discos para ouvir antes de morrer". Apesar de respeitar a obra literária, penso que seria humanamente impossível conseguir atingir esse tipo de meta. Imaginando de maneira bem simplória, um disco (ou CD) tem em média uma hora e meia de duração, o que seriam mais de 1.300 horas de música no mínimo... nos dias de hoje, acredito que poucas pessoas conseguiriam ouvir tanto tempo de música, tendo que trabalhar, estudar, enfim, cuidar da vida.

Por isso, resolvi simplicar minha lista de coisas para fazer e uma delas, vou compartilhar agora:

1 - ir ao estádio assistir o jogo do seu time de coração

Não importa se você é Corinthiano como eu, Palmeirense como meu noivo e minha irmã, São Paulino como meu pai, Afeano como muitos que conheço ou se torce para o ASA de Arapiraca... é obrigatório que você vá, pelo menos uma vez na vida, assistir uma partida de futebol do seu time do coração em um estádio.

Recentemente o Corinthians veio jogar aqui em Araraquara pelo Campeonato Brasileiro e eu estive lá. Confesso que foi uma das experiências mais positivas da minha vida, vendo aquelas pessoas reunidas por uma paixão comum, o barulho das torcidas e muita alegria. No começo confesso ter tido receio de ir até um jogo de futebol, com uma das maiores torcidas do Brasil, medo de confusão, violência, brigas...  mas se soubesse que era tão bom teria ido antes e mais vezes.

Se você nunca experimentou essa sensação, poderá compartilhar um pouco disso assistindo o vídeo que fiz naquela tarde. É um panorama do estádio da Fonte Luminosa, logo que os times entraram em campo. Divirta-se, é rapidinho:

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Música pra quê?

Sempre fui fã da música de rádio FM, mas depois que a Rádio Cultura de Araraquara foi transformada em emissora 100% sertaneja, confesso que tive dificuldades em encontrar outra que atendesse minhas expectativas. Acredito que gosto não se discute, mas eu nunca admirei esse pseudo-sertanejo que insiste em entrar em nossos ouvidos, então prefiro deixar de ouvir a discutir minhas preferências.

Na procura de outra rádio, acabei parando na Jovem Pan e dia desses me surpreendi ouvindo uma música da Jennifer Lopes, chamada “On the floor”. Achei meio estranho, pois sabia que já fazia muito tempo que ela não lançava uma música inédita, mas mais que isso, um som familiar me chamou a atenção naquela música de balada. Era um “lá-lá-lá”, anos 90 que eu conhecia muito bem da minha adolescência..... se quiser conferir, é clicar aqui: http://www.youtube.com/watch?v=t4H_Zoh7G5A

Continuei ouvindo e descobri que aquela música tinha uma participação brasileiríssima de um ritmo mais brasileiro ainda, a lambada. Sim, J.Lo colocou em sua música um trecho de “Lambada”, da Banda Kaoma, em que no “lá-lá-lá”, você até pode cantar junto: “chorando se foi, quem um dia só me fez chorar...”. Por acaso, se hoje você tem mais de 30 anos, com certeza balançou o esqueleto tentando dançar aquela música que marcou o início dos anos de 1990.

Eu sempre gostei de boa música, não importando a classificação que se dê formalmente ao ritmo. Não ligo se acham brega, tem que ser boa... a canção “On the floor”, por exemplo, não é nenhuma obra-prima, mas foi buscar na nossa brasilidade um recurso para marcar a volta de uma cantora que estava um tanto esquecida nas rádios. Além disso, mexe com nossos sentimentos mais nacionalistas, sabendo que aqueles acordes que um dia conquistaram o mundo voltaram à vida.

Por falar nisso, não foi só ela que se inspirou em músicas antigas e que voltaram em novas roupagens. Basta ouvir Lady Gaga em “Born this way”  e encontrar “Express yourself” da Madonna, um hit dos anos 80 ou mesmo Black Eyed Peas, com “The time”, ressuscitando o tema do filme “Dirty Dancing” em uma versão mais que moderninha. Agora fica a dúvida, são homenagens ao que era realmente bom ou pura falta de criatividade?