terça-feira, 27 de setembro de 2011

Música, música, música!

Depois de postagens sisudas, falando sobre saúde e o trânsito de Araraquara, resolvi escrever sobre amenidades desta vez. Mas não pense que o tema será vazio, muito pelo contrário, falaremos de música.

Se você ligou a televisão durante o último final de semana, provavelmente encontrou uma overdose de música. Primeiro foram as transmissões ao vivo do Rock in Rio, pelo canal pago Multishow, realizadas de sexta-feira até domingo e depois a programação da MTV comemorando o 20º aniversário do disco “Nevermind”, lançado pela extinta banda Nirvana em 24 de setembro de 1991.
Sou fã confessa de música boa, então pude aproveitar da melhor maneira meu final de semana e lembrar como eu gostava de Nirvana.
No início dos anos de 1990 eu era adolescente e adorava ouvir rádio quando estava em casa. Do horário em que eu chegava da escola até o final do dia, o aparelho de som ficava ligado. E foi nessa época em que eu conheci o som do Nirvana. Sinceramente, não me lembro qual foi a primeira canção da banda que eu ouvi, gostava de todas, mas minha favorita desde aquela época é “Lithium”.
Eu quase cheguei a ganhar o famoso disco - sim, de vinil! - Nevermind, mas acabei ficando com o “Black Album”, do Metallica. Lembro de ter pedido o disco para meus pais e ainda fiz questão de frisar que era “aquele com o bebê nadando na capa”, não tinha como errar, mas o álbum estava em falta e ganhei o disco do Metallica, que, diga-se de passagem, também é maravilhoso.
A programação da MTV me fez lembrar como certas canções são eternas. Um dos programas que assisti foram os bastidores do “Unplugged”, gravado pela MTV Americana em 1993 e lançado meses após o suicídio do vocalista em abril de 1994. Com os comentários dos produtores é possível ter ideia que algo de ruim estaria para acontecer, desde a decoração do estúdio com velas e lírios até inclusões de canções que não eram da banda. A música “Where did you sleep last nigth?”, que encerra as gravações do programa traz uma interpretação intensa, quase visceral de Cobain. Quem não conhece, pode encontrar o vídeo no Youtube clicando aqui.
Durante os intervalos da MTV e voltando para 2011, o Rock in Rio continua rolando na minha televisão. Graças à maravilhosa TV paga, pude assistir aos shows que pude aguentar, diretamente da minha sala e sem gastar um tostão a mais por isso. O meu único limite era o sono, que, infelizmente, não permitiu que eu visse o show do Metallica na madrugada de segunda-feira, Elton John no sábado e Red Hot Chilli Pepers no domingo... Na próxima quinta-feira, o festival volta à telinha da minha TV e será que vou conseguir ver a apresentação do Cold Play e Guns n’ Roses? Esses provavelmente, não, mas tem muita gente boa tocando cedinho, enquanto eu fico acordada......

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Transito ruim? Conheça Araraquara....

Se você acha o trânsito de sua cidade ruim, é melhor conhecer Araraquara e tirar suas próprias conclusões. Não é preciso usar de matemática ou estatísticas para saber onde estão os problemas, basta sair às ruas, usando qualquer meio de transporte ou mesmo a pé.

Sejamos razoáveis, uma cidade que hoje tem mais de 200 mil habitantes, segundo o último censo do IBGE, não desenvolveu uma estrutura que pudesse suportar de forma adequada e proporcional o aumento também no volume de veículos e trânsito. Claro que esse problema não acontece só por aqui, mas em muitos lugares o crescimento não foi planejado adequadamente e o tempo só faz as coisas piorarem. Além do mais, hoje em dia existem facilidades para a compra de qualquer veículo, financiamentos com prazos bem longos e juros relativamente baixos – qualquer um pode ter um carro ou motocicleta e contribuir para um trânsito cada dia mais caótico.

Pode até sobrar boa vontade do pessoal responsável pelo trânsito na cidade, mas ainda assim tem sido insuficiente. Muitas alterações só aconteceram depois de situações graves envolvendo mortes. Um exemplo é o cruzamento próximo de onde moro, entre a Rua Maurício Galli e a Avenida José Zilioli.

Há três anos e meio quando me mudei para a região, o risco de acidente era constante e aconteceram várias colisões no cruzamento. Lembro que cheguei a participar de um abaixo-assinado feito pelos vizinhos do local pedindo a instalação de semáforos, mas acontece que eles chegaram com atraso, somente depois de uma morte em abril deste ano.

A família da vítima fatal e moradores da região realizaram passeata protestando e em menos de um mês, mudanças foram feitas, semáforos instalados e cruzamentos fechados. (Só para lembrar, o abaixo-assinado foi feito em maio de 2008)

Sim, com os semáforos o trânsito ficou menos perigoso, mas será que você conhece algum cruzamento em que a luz vermelha feche o trânsito por quase dois minutos? Isso pode ser verificado por qualquer pessoa que esteja seguindo pela Avenida José Zilioli e tiver que parar no cruzamento com a Rua Maurício Galli. São exatamente um minuto e quarenta e sete segundos de espera, mas a duração da luz verde é de apenas 37 segundos para os carros. Seja sincero, você já viu isso em algum outro lugar? Para quem não conhece, a avenida mencionada é uma das entradas da cidade de Araraquara para quem chega de Américo Brasiliense.

Outro local de grande movimento e problemático é a Avenida Padre José de Anchieta, entrada da cidade para quem vem da zona Sul da cidade. Em maio deste ano foi instalado um dispositivo chamado “lombofaixa”, que é uma combinação de lombada e faixa de pedestres e deveria ajudar na travessia, mas pouca coisa melhorou.  Infelizmente são raros os motoristas que param e permitem a passagem das pessoas no local, além do mais, é possível perceber a falta da instalação de um semáforo, conforme foi divulgado na época pela imprensa.  Os postes e cabos nas calçadas e canteiro central denunciam o serviço não terminado.

Talvez o semáforo ali fosse desnecessário, afinal de acordo com Código de Trânsito Brasileiro, onde o artigo 70 trata sobre a travessia em locais com faixas ou passagens: “Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem”.  Mas como a educação do motorista araraquarense é limitada, em alguns momentos do dia, podem-se levar vários minutos para conseguir atravessar as duas pistas da Avenida Padre José de Anchieta.

Também não podemos deixar de falar sobre o “Balão das Roseiras”. Apesar dos semáforos instalados e sinalização indicando as faixas que o motorista deve seguir para alcançar seu destino, encontramos vários “espertinhos” que não respeitam as placas indicativas e tumultuam o trânsito querendo abrir passagem onde não é possível. Muitos passam no sinal vermelho seguindo sentido Fonte ou Selmi Dei, só porque a faixa para a Alameda Paulista está verde e ignoram que o próximo semáforo também estará fechado.

Possuo carteira de habilitação há mais de 10 anos, mas não me sinto preparada para dirigir em Araraquara, tenho medo. Como passageira ou pedestre presencio diariamente os mais improváveis absurdos no caminho do trabalho para casa ou aos finais de semana passeando. Tem momentos em que eu gostaria de ter um tanque de guerra para enfrentar o trânsito araraquarense, em outros imagino que o personagem Dick Vigarista vai aparecer em alguma esquina para tumultuar ainda mais nossas ruas, já tão complicadas... Transitar em Araraquara é uma aventura, quase como participar de uma edição da “Corrida Maluca”, onde todos trapaceiam e perdem.