quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ativistas?!?!!! Pelo amor de Deus....

Faz poucos minutos que acabei assistir reportagem a respeito da libertação de três ativistas no Rio de Janeiro. Claro que todo mundo sabe do que se trata, portanto, não comentarei a respeito da legalidade ou não das prisões.  Minha indignação fica a respeito do uso do termo “ativista” para identificar esse pessoal.

Quando escuto a palavra “ativista” lembro-me imediatamente do Greenpeace. São pessoas que militam em favor do meio ambiente e sua preservação, muitas vezes se arriscando em ações cinematográficas ao redor do planeta. Sim, as pessoas que fazem parte dessa organização têm uma causa, uma meta e são ativistas.

Ativistas do Greenpeace em marcha
Existem também outros grupos, como a Anistia Internacional, que defendem os Direitos Humanos.  Ou ainda podemos citar aqueles que lutam pela causa dos animais, como os integrantes do PEA (Projeto Esperança Animal) e PETA (People for the Ethical Treatment of Animals). Outros tipos de ativistas, como as participantes do grupo Femen, brigam pelo fim do machismo, turismo sexual, homofobia e racismo por meio de protestos liderados por mulheres fazendo topless.

Independente do tipo de ativismo, a causa é importante. Ativistas defendem os mais diversos interesses, mas o que aquele pessoal mencionado no começo do texto estava reivindicando mesmo?

Desde quando a suposta “líder” dessa turma, conhecida pelo apelido de "Sininho", apareceu dando entrevistas para a imprensa, nunca deixou claro quais são seus objetivos e de seus colegas. Fazer protestos na rua para vandalizar o patrimônio público e/ou particular serve para quê? Ou para quem? Peço desculpas para quem possa apoiar esse tipo de ação. Quem se organiza em grupos para realizar quebra-quebras, criar confusão e ferir outras pessoas, é criminoso, conforme nossas leis – e não ativista.

Enfim, acho absurdo o mau uso da palavra ativista para identificar "Sininho" e seus companheiros.  Quando esse grupo tiver uma razão (verdadeira) para lutar poderá dizer que está engajado em ações de ativismo. Porém, hoje não pode.

Vocês podem até me achar uma pessoa com convicções radicais, mas eu ainda acredito no verdadeiro sentido do ativismo, da luta em benefício de uma causa real e importante. Baderna e destruição não são coisas feitas por pessoas de bem.  Esse tipo de ação, infelizmente, afasta dos movimentos sociais pessoas sérias, que já começam a relacionar ativismo ao mundo do crime.


Se depois de todos os argumentos lidos neste texto, você ainda achar que esse pessoal é ativista.... pelo amor de Deus!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Série "Mundo Corporativo" – semana III

Voltamos à série “Mundo Corporativo” depois de uma semana de descanso sobre o assunto. Na última postagem do blog resolvi falar sobre a Copa do Mundo, mas conforme combinado, nosso encontro duraria algumas semanas. Enfim, o tema é muito amplo e poderia ficar meses falando sobre dicas de administração, rotinas empresariais, etc, mas hoje atingimos a terceira (e última) semana.

Espero que as postagens tenham sido interessantes e proveitosas aos leitores que nos acompanharam nessa jornada. A seguir nossos últimos tópicos, baseando-se em situações corriqueiras nas maiorias das empresas. Boa leitura!

Mundo Corporativo – semana III

Nunca estivemos tão dispostos a receber informação como hoje. O tempo todo surgem novidades, notícias, publicações dos mais diversos gêneros, que nos atingem em tempo real.  Computadores, celulares e tablets estão em todos os locais e vivemos conectados. No mundo virtual compartilhamos todo tipo de coisa e sempre buscamos mais, trabalhamos mais e descansamos menos. Será que há algo de errado nesse comportamento? Vejamos:

1 – Compartilhe informações: imagine a seguinte situação, você subitamente adoece e terá que ficar alguns dias em casa se recuperando. Seus colegas de trabalho estarão aptos a dar continuidade ao seu trabalho durante sua ausência? Se sua resposta for sim, parabéns, você sabe compartilhar informações de modo que poderá ser ajudado em uma situação de emergência. Mas se respondeu “não”, é melhor reavaliar sua posição. Tudo bem, seus colegas não têm a obrigação de saber tudo sobre sua rotina de trabalho, mas você também não deve esconder o que faz. Compartilhar informações e conhecimento, apenas acrescenta ao ambiente de trabalho. Infelizmente, muita gente ainda esconde sua atividade dos colegas ou sonega informações, com medo de perder o emprego – vai que o cara ao seu lado faz a mesma tarefa melhor que você ou em menor tempo? Tem gente que ainda não se garante, mesmo depois de anos na mesma empresa....

Workaholic ou desorganizado?
2 – Cumpra sua jornada de trabalho: eventualmente qualquer trabalhador poderá ter que ficar além do seu horário normal de expediente, ou por uma tarefa importantíssima que não poderá ser deixada para o dia seguinte, ou pelo volume de trabalho em determinada época do ano. No entanto, isso não deve ser uma regra. O funcionário que fica depois do horário normal de trabalho não é visto com bons olhos pelos chefes, primeiro pela questão financeira e pagamento de horas extras, encargos, reclamações trabalhistas futuras....além disso, pode-se dar a impressão de que o colaborador não tenha ou priorize sua vida privada. Uma pessoa que trabalhe dez ou doze horas diárias, quando a jornada padrão for de oito horas, não terá tempo para si mesmo e em pouco tempo, poderá adoecer. Você é workaholic ou desorganizado? Cuidado!

3 – Descanse: todo ser humano precisa de descanso depois de uma jornada de trabalho. É o tempo para que se recuperem as energias físicas e mentais. Um trabalhador cansado torna-se improdutivo e mais sujeito ao risco de acidentes. Além disso, depois de um ano de trabalho consecutivo, a legislação trabalhista prevê férias remuneradas de até 30 dias. Embora muitos enxerguem o benefício como um “luxo desnecessário”, a ausência de férias pode interferir na saúde e produtividade. Se o argumento legal não te convencer, inspire-se no relato que está na Bíblia, “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou”. E agora, está convencido que é necessário parar em algum momento?

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A Copa e a Geni

Acabou-se a Copa do Mundo da FIFA realizada no Brasil. Nossa seleção canarinho decepcionou a grande nação brasileira e os alemães sagraram-se campeões. Enfim, a vida continua.

Um dia após a grande partida final, os primeiros resultados a respeito do evento foram divulgados e, surpreendentemente, são melhores que o esperado. O presidente da FIFA, Joseph Blatter, deu nota 9,25 para a Copa no Brasil (sendo a média cinco teríamos passado com bastante folga!). Se Blatter não fosse um mestre tão exigente, poderíamos ter tirado nota máxima.  Mas como todo bom aluno sabe, o importante é estar dentro da média, não precisa ser perfeito sempre.

O Governo Federal também divulgou seu balanço sobre a Copa hoje e os bons resultados impressionam – os turistas estrangeiros vieram ao Brasil, os estádios ficaram prontos a tempo, os aeroportos e hotéis atenderam bem aos visitantes, não tivemos grandes confusões durante o evento e, ao contrário do que diziam os mais pessimistas, o mundo não acabou.

Tantos resultados contrariando a lógica me trazem a lembrança da personagem “Geni”, criada em 1978 por Chico Buarque para a “Ópera do Malandro”. Para mim, a realização da Copa do Mundo no Brasil foi uma espécie de releitura contemporânea da prostituta heroína. Vejamos.

Voltamos no tempo em um ano.
Protestos em 2013. Copa questionada
Junho de 2013 - Pessoas na rua protestando, criticando a realização da Copa em um país onde falta quase tudo. A população gritava por melhorias em educação, saúde, trabalho, segurança, transporte, política, enquanto se gastava bilhões de reais na construção de estádios – “não vai ter Copa”, afirmavam. Naquele momento, a Copa transformava-se em Geni - hostilizada pela comunidade, xingada, desprezada....

"Joga pedra na Geni , ela é feita pra apanhar" – diz a letra da canção. Encontraram alguma semelhança com a batalha contra a Copa?

Voltando à realidade de 2014. Tivemos Copa e tudo transcorreu dentro do previsto pela organização. Não tivemos aquele caos que previram. Quem não se lembra da famosa frase “Imagina na Copa”, para anunciar o apocalipse durante o mundial?

Os protestos foram rareando e quase desapareceram. Grande parcela da população que apoiava as manifestações do ano anterior mudou de ideia quando o negócio descambou para a violência e vandalismo. Tivemos Copa e, assim como na “Ópera do Malandro”, quando Geni salva a cidade da ira do comandante do Zepelim, tivemos gente mudando rapidamente o discurso.


E a Copa foi assim, como a Geni. A gente falou mal, cuspiu, bateu, mas teve que mudar de ideia, quando percebeu que nossa salvação estava nas mãos de uma prostituta. Hoje deixamos nossos sinceros agradecimentos para a Copa e, claro, para Geni.  “Bendita, Geni!”.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Série "Mundo Corporativo" - semana II

Mesmo começando a série “Mundo Corporativo” em plena Copa do Mundo de Futebol, realizada no Brasil, o retorno foi muito positivo. Elogios, comentários e sugestões foram recebidos. Agradeço a cada pessoa que dedicou um pouco do seu tempo na leitura do texto da primeira semana. Fiquem com a continuação da segunda semana. Boa leitura.

Mundo Corporativo – semana II

O foco desta semana é relacionado aos comportamentos de funcionários e chefes. Se observarmos ao nosso redor, notaremos como são situações comuns. Infelizmente, pela frequência com que acontecem, costumamos ignorá-las ou pior, tratamos como algo normal e esquecemos elas como podem afetar nosso dia-a-dia.

1 – não julgue pelas aparências – desde crianças aprendemos que não devemos julgar um livro pela capa. Mas conforme crescemos e desenvolvemos, esquecemo-nos desse simples mandamento. Sim, as pessoas dão valor à aparência e beleza, esquecendo-se do conteúdo, mas no mundo empresarial isso não vale. Steve Jobs (1955-2011), um dos fundadores da Apple, tinha um visual desgrenhado e não achava necessário tomar banho diariamente quando era jovem.  Em um dos seus primeiros empregos, na Atari, foi “convidado” a trabalhar em horário noturno, devido reclamações dos colegas. Se seu chefe não acreditasse em seu potencial, provavelmente teria demitido Jobs ao invés de alterar seu turno de atividades.

Fuja da fofoca!
2 – diga não à fofoca – mesmo em grandes empresas, conversas paralelas e fofocas existem. Não existe nada pior que trabalhar em um ambiente inseguro e com informações desencontradas. Mesmo com o investimento crescente em ferramentas de comunicação integrada por grandes empresas atendendo ao seu público interno (colaboradores), como boletins eletrônicos de informações, house organs, sites institucionais, etc, as informações não oficiais tem alcance maior do que se imagina. A famosa “rádio peão” é responsável pelo ciclo de conversas paralelas dentro das organizações. Fuja dessa situação. Se alguma informação vinda desse meio chega até você, pense duas vezes antes de passa-la adiante. Surgindo dúvidas que possam atingir sua rotina de trabalho, converse com seu superior imediato e exponha aquilo que esteja causando aflições em você.


3 – valorize sua privacidade – com o grande fluxo de informações que circulam em redes sociais, fica fácil saber da vida alheia. Reuniões sociais, férias, atividades, amigos, estão todos relacionados às suas ações na internet. Brigas, discussões, bebedeiras, problemas com a justiça e outras situações constrangedoras não devem ser publicadas em seu perfil de qualquer rede social. Saiba que isso pode influenciar a forma como seus colegas de trabalho e chefes olham para seu futuro profissional. Uma promoção ou um novo emprego podem ficar distantes se as pessoas acharem que você não é uma pessoa confiável.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Série "Mundo Corporativo" - semana I

Durante as próximas semanas vamos falar sobre a realidade das empresas, o que acontece depois que você sai da faculdade e entra no mercado de trabalho.  Irei compartilhar minhas experiências e darei dicas a respeito do mundo empresarial.

O texto que segue é o início da série “Mundo Corporativo”, que será publicada durante as próximas semanas. Sugestões, comentários e dúvidas serão bem-vindos. Vamos começar nossa jornada?

Mundo Corporativo – semana I

É fato que o trabalho está ligado à subsistência das pessoas, que vendem sua força de trabalho em troca de remuneração. Infelizmente, nem todos têm a experiência de trabalhar com aquilo que realmente gostam, fazem apenas pela questão financeira ou por falta de oportunidade. De qualquer forma, o ambiente em que você passa a maior parte do tempo, dever ser o mais saudável possível (ou pelo menos deveria ser).

A partir de agora, vamos falar a respeito das relações entre colegas de trabalho e chefes, de forma prática, deixando de lado as teorias e manuais de administração.

1 – não desperdice oportunidades – o ingresso ou retorno ao mercado de trabalho nem sempre é tão fácil quanto se imagina. Muitas vezes será necessário trabalhar em áreas diversas de sua área de formação. Não desanime e agarre as oportunidades que aparecerem.  É hora de conhecer gente nova, reciclar conceitos e enfrentar desafios. Aumente suas redes de contatos (networking) e alcance bons resultados no futuro próximo.

2 – feito é melhor do que perfeito (done is better than perfect) – faz algum tempo que li uma reportagem sobre Sheryl Sandberg – chefe de operações do Facebook – em que ela posava para uma foto em frente um cartaz com a frase em questão, que é o seu lema. Imediatamente me lembrei de alguns profissionais que no empenho de realizar uma tarefa, fazem com tanto preciosismo que se esquecem do essencial, o trabalho em si. Para uma empresa o importante é o trabalho concluído e não a busca de uma perfeição inalcançável. Não tente reinventar a roda, apresente seu trabalho pronto e sugira melhorias que possam ser feitas no decorrer do processo.

3 – seja sincero – mentira nunca é uma boa opção, especialmente no mundo corporativo. Desde o processo seletivo até o momento em que se faz parte do quadro de funcionários da empresa, seja sincero. Não minta a respeito de suas habilidades. Ninguém sabe tudo! Seja humilde ao responder que não sabe, mas que deseja aprender mais a respeito sobre o assunto e comprometa-se com isso.


4 – invista em conhecimento – ainda quando eu cursava o ensino médio, lembro da frase de uma professora que dizia “um ladrão poderá entrar em suas casas e roubar todos seus bens, mas o que você aprendeu, o seu conhecimento, ninguém poderá roubar”.  Sábias palavras. O dinheiro que você dispõe para pagar cursos e especializações não são gastos, mas investimentos. Invista em você, no seu aprimoramento, mas não espere que os outros façam isso por você, afinal, a responsabilidade é sua!