Faz poucos minutos que acabei
assistir reportagem a respeito da libertação de três ativistas no Rio de
Janeiro. Claro que todo mundo sabe do que se trata, portanto, não comentarei a
respeito da legalidade ou não das prisões. Minha indignação fica a respeito do uso do
termo “ativista” para identificar esse pessoal.
Quando escuto a palavra “ativista”
lembro-me imediatamente do Greenpeace. São pessoas que militam em favor do
meio ambiente e sua preservação, muitas vezes se arriscando em ações
cinematográficas ao redor do planeta. Sim, as pessoas que fazem parte dessa
organização têm uma causa, uma meta e são ativistas.
Ativistas do Greenpeace em marcha |
Existem também outros grupos,
como a Anistia Internacional, que defendem os Direitos Humanos. Ou ainda podemos citar aqueles que lutam pela
causa dos animais, como os integrantes do PEA (Projeto Esperança Animal) e PETA
(People for the Ethical Treatment of Animals). Outros tipos de ativistas, como
as participantes do grupo Femen, brigam pelo fim do machismo, turismo sexual,
homofobia e racismo por meio de protestos liderados por mulheres fazendo
topless.
Independente do tipo de ativismo,
a causa é importante. Ativistas defendem os mais diversos interesses, mas o que
aquele pessoal mencionado no começo do texto estava reivindicando mesmo?
Desde quando a suposta “líder” dessa
turma, conhecida pelo apelido de "Sininho", apareceu dando entrevistas para a
imprensa, nunca deixou claro quais são seus objetivos e de seus colegas. Fazer
protestos na rua para vandalizar o patrimônio público e/ou particular serve
para quê? Ou para quem? Peço desculpas para quem possa apoiar esse tipo de
ação. Quem se organiza em grupos para realizar quebra-quebras, criar confusão e
ferir outras pessoas, é criminoso, conforme nossas leis – e não ativista.
Enfim, acho absurdo o mau uso da
palavra ativista para identificar "Sininho" e seus companheiros. Quando esse grupo tiver uma razão (verdadeira)
para lutar poderá dizer que está engajado em ações de ativismo. Porém, hoje não
pode.
Vocês podem até me achar uma pessoa com
convicções radicais, mas eu ainda acredito no verdadeiro sentido do ativismo,
da luta em benefício de uma causa real e importante. Baderna e destruição não
são coisas feitas por pessoas de bem. Esse tipo de ação, infelizmente, afasta dos
movimentos sociais pessoas sérias, que já começam a relacionar ativismo ao
mundo do crime.
Se depois de todos os argumentos
lidos neste texto, você ainda achar que esse pessoal é ativista.... pelo amor de
Deus!