segunda-feira, 27 de junho de 2011

Música pra quê?

Sempre fui fã da música de rádio FM, mas depois que a Rádio Cultura de Araraquara foi transformada em emissora 100% sertaneja, confesso que tive dificuldades em encontrar outra que atendesse minhas expectativas. Acredito que gosto não se discute, mas eu nunca admirei esse pseudo-sertanejo que insiste em entrar em nossos ouvidos, então prefiro deixar de ouvir a discutir minhas preferências.

Na procura de outra rádio, acabei parando na Jovem Pan e dia desses me surpreendi ouvindo uma música da Jennifer Lopes, chamada “On the floor”. Achei meio estranho, pois sabia que já fazia muito tempo que ela não lançava uma música inédita, mas mais que isso, um som familiar me chamou a atenção naquela música de balada. Era um “lá-lá-lá”, anos 90 que eu conhecia muito bem da minha adolescência..... se quiser conferir, é clicar aqui: http://www.youtube.com/watch?v=t4H_Zoh7G5A

Continuei ouvindo e descobri que aquela música tinha uma participação brasileiríssima de um ritmo mais brasileiro ainda, a lambada. Sim, J.Lo colocou em sua música um trecho de “Lambada”, da Banda Kaoma, em que no “lá-lá-lá”, você até pode cantar junto: “chorando se foi, quem um dia só me fez chorar...”. Por acaso, se hoje você tem mais de 30 anos, com certeza balançou o esqueleto tentando dançar aquela música que marcou o início dos anos de 1990.

Eu sempre gostei de boa música, não importando a classificação que se dê formalmente ao ritmo. Não ligo se acham brega, tem que ser boa... a canção “On the floor”, por exemplo, não é nenhuma obra-prima, mas foi buscar na nossa brasilidade um recurso para marcar a volta de uma cantora que estava um tanto esquecida nas rádios. Além disso, mexe com nossos sentimentos mais nacionalistas, sabendo que aqueles acordes que um dia conquistaram o mundo voltaram à vida.

Por falar nisso, não foi só ela que se inspirou em músicas antigas e que voltaram em novas roupagens. Basta ouvir Lady Gaga em “Born this way”  e encontrar “Express yourself” da Madonna, um hit dos anos 80 ou mesmo Black Eyed Peas, com “The time”, ressuscitando o tema do filme “Dirty Dancing” em uma versão mais que moderninha. Agora fica a dúvida, são homenagens ao que era realmente bom ou pura falta de criatividade?

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