terça-feira, 25 de outubro de 2011

O péssimo atendimento da Mcafee

Depois de um bom tempo sem acesso ao blog devido a problemas com o antivírus do meu computador, voltei, emprestando o notebook do meu noivo. Sinceramente, estou decepcionada com o suporte da Mcafee, que não resolve um problema no programa vendido por eles.
Sempre fui extremamente cuidadosa em questão de tecnologia, especialmente em segurança. Desde o meu primeiro computador tive o cuidado de ter um antivírus instalado e funcionando corretamente. Naquela época ganhei do meu pai uma assinatura do Norton e depois que ela expirou, a renovação ficou cara, resolvi apelar aos gratuitos.

Na época eu era assinante de uma revista de informática e descobri muita coisa boa de graça, o único problema, era a falta de atendimento.

Durante anos fui usuária do AVG, um antivírus gratuito e que até ano passado funcionou bem no meu computador. O problema foi quando uma praga virtual foi detectada no sistema e ele não resolveu.

Na época, o pessoal do site “Linha Defensiva” me ajudou na limpeza do computador e tudo voltou ao normal. A partir daí resolvi investir em um programa pago, para ter suporte, mas quase dois anos depois, vejo que não é bem assim.

Faz algumas semanas, o antivírus da Mcafee parou de atualizar e depois de vários avisos informando problemas de segurança, resolvi procurar o atendimento da empresa. No primeiro atendimento fui obrigada a baixar uma ferramenta chamada “virtual techinician”, que, teoricamente identificaria e corrigiria o problema, o que não acontece. Entrei em uma sessão via chat, mas recebi instruções para desinstalar o programa e reinstalá-lo por e-mail. Já se passou mais de uma semana e ainda estou sem o programa instalado no computador, totalmente vulnerável.

Hoje fiz mais um contato, mas a atendente (novamente) não resolveu, mandou mais um e-mail com várias instruções que não vão solucionar o problema. Provavelmente não recomendaria esse programa para qualquer pessoa devido ao atendimento tão ruim. Além do mais, a impressão que dá é que estou sendo atendida por algum estrangeiro (mexicano, colombiano ou qualquer outro lugar da América Latina), que copia e cola respostas prontas.

Apesar de não exercer a profissão, cursei quatro anos do curso de Tecnologia em Informática e sei que alguns problemas em computadores não podem ser tratados de forma tão simplória ou mesmo baseando-se em respostas prontas. Nem sempre um liga e desliga ou mesmo uma reinstalação vai fazer tudo voltar a funcionar como antes... o problema é que o atendimento da Mcafee parece ignorar isso.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Por que, Renato????

11 de outubro de 1996, horário de almoço, o telefone toca na casa dos meus avós em Mineiros do Tietê/SP, onde eu morava desde julho do ano anterior. Era o dia do meu aniversário de 19 anos e era o segundo longe de casa, desde que eu havia iniciado o curso de Tecnologia em Informática. Do outro lado da linha minha mãe me cumprimentava por mais um ano de vida e em seguida, minha irmã pega o telefone e logo dispara: “Você viu quem morreu? Renato Russo...”

Depois da notícia, não me lembro de muita coisa, nem se ela me deu os parabéns pelo aniversário. Parecia que um buraco havia sido aberto embaixo dos meus pés... Quem me conhece sabe que a Legião Urbana sempre foi a minha banda favorita e a morte de Renato Russo no dia do meu aniversário, ainda soa como algo inexplicável.

Quando conheci meu noivo e disse sobre minha data de nascimento, a indagação veio rápida: “Você faz aniversário no mesmo dia em que Renato Russo morreu?”.

Por que, Renato? Por que Renato Russo resolveu deixar este mundo bem no dia do meu aniversário?

São passados 15 anos desde aquele telefonema e todo ano é sempre a mesma coisa, o mesmo vazio. Daria para cancelar meu aniversário? Daria para esquecer que mais um ano se passou? Impossível....

No domingo a MTV exibiu especiais em comemoração. Além do show acústico, algumas entrevistas e clipes foram capazes de me levar para longe.

Cresci ouvindo Legião, fui criança e adolescente que adorava aquelas letras tão especiais. Nunca um letrista conseguiu ir tão longe atingindo o coração das pessoas, cantando a vida vivida de forma tão plena, tão sofrida, tão real. O som dos caras era bom, mas não era nada de outro mundo. Como Renato disse na gravação do acústico, era possível “tocar 53 sucessos com apenas 3 acordes” – a simplicidade fazia a diferença.

Nunca tive um vinil da banda, comecei minha coleção de CD’s com “A Tempestade”, ouvido à exaustão naquele final de 1996. A tristeza daquelas músicas tinha tudo a ver com o meu momento longe de casa e com tantas dificuldades enfrentadas na época. Lembro de ter ficado doente e igual à música “A Via Láctea”, com uma febre que não passava....

Vieram outros lançamentos póstumos, que eu também comprei, assim como os discos anteriores remasterizados em CD. Tinha também o livro “O Trovador solitário”, que desapareceu misteriosamente de casa.

Já na faculdade de comunicação, na disciplina de Rádiojornalismo (2004), consegui convencer meu grupo a fazer um programa especial sobre a Legião Urbana, com direito à gravação de uma banda cover, mas por motivos inexplicáveis, o pessoal que cuidava da parte técnica das aulas fez esse material desaparecer, sem direito a cópia de segurança ou coisa parecida.

A morte de Renato decretou o fim da banda, mas como já disse em outra postagem, as canções são eternas. Gostaria que meus filhos – se um dia puder tê-los – conhecessem o que havia de bom na música brasileira. Vou continuar guardando meus CD’s para que alguém possa herdá-los e descobrir o que é bom, o que são canções para o coração e a alma.

O fato é que daqui um ano farei a pergunta novamente e assim será até o fim da minha vida: “Por que, Renato?”

Força sempre!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Bullying: eu sobrevivi

Faz alguns anos, escrevi uma matéria sobre “bullying” para o Jornal Info Cidades, onde trabalhei por poucos meses no ano de 2005 nos tempos em que cursava a faculdade de Jornalismo. Dias atrás encontrei o texto no site (ainda disponível em http://www.infocidades.com.br/index.php?id=445) e fazendo uma leitura do escrito há seis anos, percebi como o tema continua mais atual do que nunca e pouca coisa mudou desde enttão.
Quando entrevistei Cleo Fante, que na época estava publicando a segunda edição do livro “Fenômemo Bullying”, não conseguia relacionar o conceito com aquilo que eu havia vivido na minha adolescência, simplesmente quis passar a informação aos leitores, explicando as causas e consequências daquela violência. Mas hoje, posso dizer que também fui vítima do bullying e sobrevivi a ele.
Quando temos notícias envolvendo bullying, geralmente são episódios trágicos, aonde a vítima chega ao extremo de cometer e/ou tentar assassinatos e suicídio, mas a maioria não acaba assim, felizmente.
Outro dia, assisti na TV uma matéria falando a respeito do perfil dos agredidos e me enquadrei em alguns deles, afinal, eu era uma das melhores alunas da sala, extremamente magra, baixinha, usando óculos e depois aparelho ortodôntico... se em 2011 as pessoas ainda tiram sarro e zoam com gente assim, imaginem há 20 anos?
Hoje, pensando friamente no que fui vítima, não tenho raiva dos agressores e das “brincadeiras” sem graça as quais era submetida, tenho pena. Grande parte deles são pais e mães, têm filhos que já frequentam ou irão em breve para a escola. Será que se um dia seus filhos chegarem reclamando do tratamento recebido pelos colegas, se lembrarão daquilo que faziam comigo e com outros? Provavelmente, não.
Infelizmente a escola onde estudei não tomava providências em relação ao bullying – que nem tinha este nome ainda – apesar de eu ter ido poucas vezes conversar com a diretora e contar o que eu passava. Como a sala de aula tinha muitos alunos, os professores nem tomavam conhecimento do que acontecia ali dentro, acredito que hoje ainda deva ser assim....
Só me livrei desse inferno quando resolvi ser forte e enfrentar aquilo que me atormentava. A partir do momento em que saí da posição de coitadinha indefesa, as pessoas passaram a me respeitar mais e mudei as regras do jogo. Não me orgulho do que vou contar (e nem recomendo), mas uma vez, fora da escola, cuspi na cara de um moleque que tirou sarro de mim por causa dos meus joelhos tortos. Depois disso, nunca mais o infeliz mexeu comigo, foi a minha “redenção”.
Graças a Deus, tudo isso não me fez que me tornasse um adulto problemático, muito pelo contrário. Consegui concluir duas graduações, trabalho, tenho minha vida pessoal resolvida e me considero normal, nunca tive vontade de matar aqueles que no passado me deram tantos problemas, mas agradeço por terem de dado a chance de ser forte. Obrigada.