segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Café de graça não existe

Pode ser que você já tenha ouvido uma frase parecida com o título deste texto, substituindo café por almoço ou qualquer outra palavra que remeta a ideia de um benefício gratuito, não é mesmo? Mas será que você consegue entender o que realmente representa? Vamos conversar um pouco sobre o assunto?

Infelizmente, depois de um tempo percebemos que nada é de graça na vida. Nada! Desde aquelas promoções do supermercado do tipo leve dois e pague um, compre a armação dos óculos e leve grátis as lentes, os descontos dos medicamentos em programas de laboratórios, cupons que preenchemos (sem precisar comprar nada em lojas) para concorrer a prêmios, pesquisar na internet, enfim, tudo tem um preço.

Recentemente, durante uma consulta, um médico prescreveu um tratamento, mas avisou que o medicamento era “meio caro”. Passou o telefone do laboratório para que eu me cadastrasse e comprasse tal remédio com desconto. Liguei, fiz o cadastro (além de informar meus dados, tinha que passar o CRM do profissional) e descobri que durante os seis primeiros meses poderia comprar o produto com 19% de desconto, a partir daí seriam 24% de desconto.

O que parece um “grande” negócio a primeira vista é um engodo. Pesquisando nas farmácias da cidade, consegui imediatamente 25% de desconto, sem que precisasse participar de qualquer tipo de programa de fidelidade do laboratório. Pensando bem, ao informar o número do cadastro profissional do médico atrelado ao seu cadastro, será que ele não está ganhando alguma coisa em troca? Agora quem faz parte de um programa de “benefícios”, você ou o profissional da saúde? Quem saiu ganhando?

Você entra em uma loja e preenche ao cupom para concorrer a um prêmio (e nem precisou comprar nada), deixou ali seu nome, telefone, endereço e não levou nada. Subitamente começa a receber ligações e correspondências oferecendo coisas que você nem quer e se pergunta onde conseguiram seus dados. Simples, lembra-se da tal loja, aquela do cupom? Suas informações saíram dali e passaram a ser parte de uma relação chamada “mailing list”, que muitas vezes são negociadas entre comerciantes, bancos, associações comerciais, etc.

Hoje em dia, poucas pessoas pagam para ter uma conta de e-mail. Para que pagar, se posso ter de graça? Em tempos de dinheiro curto, não faz sentido desembolsar quando se pode economizar, ok? Eu uso serviços de e-mail gratuito e diariamente minha caixa postal é invadida por mensagens de propaganda, sem que eu tivesse feito qualquer cadastro para receber tanta oferta. Se os Estados Unidos conseguiram interceptar as comunicações da nossa presidente, imagina o que é feito diariamente conosco, pobres mortais?

E ainda tem aquele pessoal que pede o “passe livre” no transporte brasileiro. Se ele existisse mesmo, seria realmente de graça? Alguém teria que pagar a conta. Você tem dúvida sobre quem seria?


Depois de tantos exemplos, você ainda acredita em café grátis?

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