quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Reflexões sobre o final do ano...


O Natal já passou e agora todos pensam no novo ano que chegará dentro de alguns dias. Quem assistiu a qualquer programa jornalístico nas últimas semanas, viu pelo menos uma matéria sobre pessoas que fazem caridade no Natal, seja distribuindo comida seja bancando o Papai Noel das crianças pobres.

Todo dezembro é assim, a solidariedade humana transborda até a chegada do Natal, mas, e depois? Quantas reportagens sobre pessoas que distribuem comida aos menos favorecidos durante o ano você vê? Será que eles sentem fome somente no Natal? E nos outros 364 dias, como ficam?

Infelizmente as pessoas acham que ajudar ao próximo é tarefa exclusiva dessa época do ano. Poucos são aqueles que persistem na caridade diariamente, pois é mais fácil ser bom apenas no Natal! E olha que eu não falo apenas de distribuição de mantimentos, refeições, brinquedos e coisas do tipo.

Você não vai ver reportagens sobre pessoas que fazem a ceia do Ano Novo para moradores de rua, por exemplo. Isso não é comum, embora exista, mas não vale nem uma linha no noticiário. O que será veiculado refere-se às comemorações, desejos para um tempo melhor, simpatias, superstições e muita pirotecnia. Para que expor a miséria humana, quando o foco é a beleza do novo? Já bastaram as matérias natalinas, certo? Sentimentalismo não combina com festa.

Apesar de tudo e de todos, ainda vale a pena acreditar que será melhor
Penso que essas pessoas ficam invisíveis aos olhos da maioria durante boa parte do ano. Por que será? Um psicólogo me disse uma vez que as pessoas ficam melhores no final do ano por culpa. Eu concordei, afinal se você passa o ano todo maltratando seu semelhante, dezembro é a hora da redenção. Vira uma moeda de troca, eu ajudo os menos favorecidos e compenso aquilo que fiz de ruim durante o ano, não é uma beleza? Peso na consciência, “tô" fora!

Com o tempo a gente percebe como são poucos os que praticam ações nobres o ano todo. E é muito fácil se tornar uma pessoa boa somente quando o ano termina – os bolsos cheios de dinheiro permitem que a grandeza aflore nesses corações endurecidos. Admiro pessoas que trabalham em favor de outras diariamente, que são gentis, não se omitem e se importam de verdade. Não falo apenas de ajuda financeira, mesmo quem tem pouco pode fazer algo pelo semelhante, basta querer.

Quando ler a última palavra desse texto você pode pensar melhor naquilo que faz o ano inteiro ou simplesmente continuar ignorando essa legião de invisíveis. A escolha é sua. Não é necessário esperar por um ano inteiro para fazer algo de bom, você pode começar agora. Feliz 2013!

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