terça-feira, 23 de agosto de 2011

O jornalismo não sai de mim....

O ano era 1992 e eu tinha entre 14 e 15 anos quando decidi que queria ser jornalista. Para quem já tinha sonhado de tudo – desde professora até marinheira – até que era razoável. O que ninguém nunca soube é que essa inspiração veio da personagem Leda, da atriz Silvia Pfeifer, na novela “Perigosas Peruas”. Apesar de poucas aparições da personagem trabalhando como jornalista, eu achava aquilo muito encantador e decidi que iria fazer comunicação quando terminasse o colegial (atual ensino médio) no final de 1994.

Determinada a realizar minha vontade, no final de 1994 prestei vestibular para Jornalismo na UNESP em Bauru, mas não passei. Sem dinheiro para fazer um cursinho preparatório, estudava sozinha e no meio do ano de 1995, resolvi fazer a prova da Fatec para Tecnologia em Informática, e, para minha surpresa acabei passando e decidi cursar. Naquela época nem tinha o comercial do Bradesco, mas pensei “vai que eu não passo em mais nada”. Cursei, me formei Tecnóloga em Informática, com habilitação na Gestão Financeira em 1999 e, ironicamente, depois de formada, meu primeiro emprego com registro em carteira foi na área administrativa/financeira no Jornal Tribuna Impressa, aqui em Araraquara, onde permaneci até 2005.

Mesmo trabalhando em outra área, não abandonei o sonho de adolescente e em 2003 comecei a fazer Jornalismo na Uniara. Terminei o curso no final de 2006, apresentando em grupo um documentário sobre a produção de Macunaíma por Mário de Andrade aqui em Araraquara, no longínquo ano de 1926.

Nunca consegui formalmente trabalhar com jornalismo desde a formatura. Fiz alguns trabalhos como free-lancer para uma revista durante dois anos. Visitava exposições de orquídeas e escrevia matérias para uma revista voltada ao público orquidófilo – tudo isso aos finais de semana e feriados – mas nunca ganhei dinheiro com isso.

Ainda assim, mesmo tendo que trabalhar fora da área de comunicação, nunca deixei que o Jornalismo saísse de dentro de mim, e prova disso é o blog que você lê agora. Sempre mantive a visão crítica, pesquisando e me informando a respeito do que acontece ao meu redor. Em todos os textos que escrevo aqui, quando tenho dúvidas, procuro checar informações, como datas e nomes para não cometer gafes desnecessárias.

Sexta-feira passada, (dia 19 de agosto), senti o espírito de jornalista crescendo dentro de mim quando li um artigo com informações desencontradas sobre a produção de Macunaíma. Imediatamente me senti na obrigação de escrever ao jornalista e dizer os equívocos que ele cometia em seu texto – especialmente por ter estudado quase dois anos o processo de produção e escrita dessa obra da Literatura Brasileira para fazer o documentário. Acontece que no site da publicação não havia nenhum email para contato, onde eu pudesse dar minha opinião a respeito do assunto. Resolvi deixar um comentário na página, mas não obtive resposta, agradecendo ou repelindo minhas considerações. Quem quiser ler o tal artigo, basta acessar o link http://www.simnews.com.br/exibe.php?id=22463&caderno=Cidade&subcaderno=Araraquarae logo abaixo estará meu comentário devidamente identificado.

Jornalismo é um ofício sujeito a erros como qualquer outro, o maior problema é quando temos consciência do correto e não fazemos nada. Que Jornalismo é esse da omissão e falta de informações seguras? O estamos transmitindo aos nossos leitores quando damos ênfase para fatos equivocados ou não confirmados?
E ainda a Justiça vem dizer que não é preciso de diploma para ser Jornalista.... mas isso já é outra discussão.

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